terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pe. Carlos do Rio para o Sul de Rondônia

Pe. Carlos no Rio Guaporé em Pimenteiras do Oeste

Tive a oportunidade de participar neste ano do Projeto Amazônia. Gostaria de compartilhar um pouco, com todos, da minha experiência no sul de Rondônia.

No início manifestei o desejo de ir a Rio Branco no Acre, porém com o propósito de ir onde era mais necessário. Desta forma, me coloquei a disposição dos responsáveis do Movimento. Inicialmente fui informado que talvez iria para Humaitá, no sul do Amazonas, porém depois me comunicaram que iria para o sul de Rondônia, na região de Vilhena, mas ficaram de me confirmar. Como o bilhete do avião veio como destino final Porto Velho, que fica a mais ou menos 780 Km do sul do estado. Quando ali desembarquei, veio a surpresa: “Você vai para Cerejeiras”. Significava voltar de ônibus um trajeto que já havia feito de avião, isto é viajar 12 horas. Em um primeiro momento, fiquei um pouco chateado, tendo uma atitude critica, quase dizendo que preferiria fica por ali em vez de voltar.Por outro lado veio a luz, vim aqui para colocar-me a disposição de onde era mais necessário. Se lá em Cerejeiras era necessário, é pra lá que devo ir. Isto significava dizer um “sim” a Jesus Abandonado que se apresentava pra mim neste momento.
Logo procurei informar como ir. Para a volta, a única solução foi cancelar este trecho da viagem (Cuiabá – Porto Velho) e pegar de Vilhena um ônibus até Cuiabá. Significava viajar 10 horas. Outra vez era hora de dar mais um sim. O mais bonito de tudo isto, foi que procurei ver tudo com Jesus em meio, sentia que era Ele a dizer-me o melhor a fazer.

Durante a semana em Cerejeiras, procurei viver cada momento com Jesus em meio. Seja com os focolarinos, que ali estavam, como os outros membros do movimento. Foi uma experiência muito rica vivida nestes dias. Cada atividade que iríamos realizar, encontro com os adolescentes, crianças, famílias, era tudo fruto desta realidade. Na maioria das vezes planejávamos uma coisa, chegava lá tudo diferente. Deus tinha outros planos. No final víamos, todos felizes, sem dúvida era o milagre de Jesus em meio.
Outra coisa importante, sobre a missão, não se tinha a preocupação de sair apenas para converter pessoas, mas criar relacionamentos. Acredito ser esta uma grande contribuição que o Movimento possa dar neste momento em que se está vivendo em vários lugares as missões populares.
Ficou evidente, também, que se recebe muito mais do que se dá, quando vive esta experiência. Chamo isto da gratuidade da missão. É ir ao encontro do irmão sem pretender nada a não ser amá-lo. Para mim esta semana foi um verdadeiro laboratório. Estou me preparando para ir em missão. Estas três realidades estarão sempre presente na minha vida, para poder viver bem esta próxima etapa: Construir Jesus em meio; criar relacionamentos e viver a gratuidade.


(Pe. Carlos Lopes Caridade, RJ)

Pe. Carlos com Dom Geraldo, bispo de Guajará-Mirim, em visita a Cabixi



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